A esquizofrenia é uma doença psiquiátrica que requer tratamento contínuo ao longo da vida. Além de delírios e alucinações, os pacientes esquizofrênicos possuem uma série de outros sintomas e alterações que precisam ser acompanhados por um psiquiatra, que é o médico especialista responsável pela condução do tratamento desses pacientes.
Essa doença é assunto cotidiano há muito tempo. Existem quadros, personagens literários, personagens de cinema entre outros que foram criados com essa temática. Ao mesmo tempo, existe um profundo desconhecimento do que é a doença, o que provoca estigma e preconceito.
Neste texto vamos fazer uma breve apresentação dos sintomas e tipos de esquizofrenia, além de comentar sobre o tratamento desta doença e alguns diagnósticos diferenciais importantes.
Essa é uma doença que afeta de maneira igual homens e mulheres. No sexo masculino, é mais frequente o inicio entre 10 e 25 anos e, no sexo feminino, entre 25 e 35 anos
Trata-se de uma doença de causa multifatorial com importante carga hereditária, mas também suscetível ao ambiente em que a pessoa está inserida. Estudos demonstram até dez vezes mais chance de ter esquizofrenia caso um parente de primeiro grau tenha. Em estudo com gêmeos univitelinos (que têm o mesmo código genético) existe 50% de chance de desenvolver esquizofrenia caso seu irmão idêntico apresente essa doença. Entre gêmeos dizigóticos (carga genética diferente), esse risco é 5 vezes menor. Dentre os fatores ambientais que podem desencadear essa doença, estão traumas severos, abuso sexual, uso de substâncias psicoativas, entre outros
A teoria mais aceita é que existe uma excitação cerebral excessiva por parte do neutotransmissor dopamina, que é o que provoca os sintomas positivos (delírios e alucinações). Esse cérebro super estimulado o deixa inflamado, o que instala um processo de degeneração que confere os sintomas negativos da doença (embotamento afetivo e avolia).
Para termos um diagnóstico fechado é necessário que o paciente apresente
Observamos que essas alterações surgem como uma quebra de funcionamento, ou seja, é uma mudança abrupta do funcionamento prévio do paciente. Os dois grupos de sintomas precisam de tratamento continuo.
Outra característica inerente á essa doença é a falta de crítica. Frequentemente o paciente não se vê como doente e recusa tratamento. Por isso é importante o olhar atento de familiares, que serão fundamentais no primeiro atendimento e no seguimento a longo prazo.
Não. Existem outros diagnósticos que têm esses mesmos sintomas mas têm uma evolução diferente. Um deles é o transtorno delirante persistente, onde existe um delírio específico e cristalizado, mas sem que haja alucinações e empobrecimento intelectual ou embotamento afetivo. Um exemplo disso são os erotomaníacos, que são aquelas pessoas que acreditam que uma pessoa pública (apresentador de TV, cantor) está apaixonada por elas e manda sinais codificados por meio de suas músicas e fotos.
Existem também psicoses induzidas por drogas ou medicamentos, e que remitem a partir do momendo que o efeito da droga ou do fármaco desaparecem.
Existem ainda transtornos de personalidade que trazem uma peculiaridade no funcionamento de certas pessoas que se não forem avaliados cautelosamente, podem sugerir esquizofrenia. São eles o transtorno de personalidade esquizoide e o esquizotípico. A grande diferença nesses casos é que não há quebra de funcionamento, mas sim traços de personalidade que seguem o curso ao longo da vida toda.
Por último, temos transtornos de humor que podem também causar esses sintomas, como a depressão psicótica, a mania psicótica do paciente bipolar e o transtorno esquizoafetivo. A diferença é que nesses casos o quadro é precedido de alterações bem marcadas de humor.
É importante fazer a diferenciação dos diagnósticos pois o tratamento e o curso da doença são completamente diferentes. É comum haver erros diagnósticos em pacientes jovens que acabam sendo estigmatizados para o resto da vida, prejudicando várias fases importantes do desenvolvimento
Quadro marcado por delírios de perseguição ou de grandeza. O termo parafrenia muitas vezes é utilizado como sinônimo deste subtipo
Paciente com comportamento ativo, mas de uma forma pouco construtiva, sem objetivo
Marcado por manifestações corpóreas peculiares, podendo envolver mutismo, posturas bizarras com flevibilidade cérea, maneirismos, estereotipias
Aqueles com alterações globais que sugerem claramente o diagnóstico de esquizofrenia, porém sem diferenciação suficiente para enquadramento em algum dos grupos citados acima ou subtipos mais raros
Testes de inteligência, projetivos e de personalidade frequentemente trazem alterações específicas para pacientes esquizofrênicos e são muito úteis para corroborar hipóteses diagnósticas já feitas, mas não servem testes diagnósticos ou de triagem.
Esta é uma doença sem cura e, portanto, o tratamento é para vida toda. Para sintomas positivos, os medicamentos utilizados são os antipsicóticos, que devem ser ajustados até que haja remissão dos delírios e alucinações. Já para os sintomas negativos, é necessário acompanhamento de terapia ocupacional, com reabilitação funcional. É frequente haver perda cognitiva progressiva, ou seja, haver dificuldade em desempenhar tarefas que exijam alto rendimento intelectual. Em alguns casos, há necessidade de aposentadoria por invalidez.
Podem ser necessários também tratamerntos adjuntos para quadros de depressão e insônia, que podem ocorrer em paralelo
Um bom controle de sintomas positivos é a base do tratamento, pois retardada o empobrecimento intelectual do paciente, diminui estigma, muitas vezes permite trabalhar e se relacionar com outras pessoas.
Caso você se identifique ou conheça alguém que se identifica com qualquer um dos quadros citados nesse texto, marque uma consulta com o Dr. Leandro, que é médico psiquiatra e é especialista em doenças como esquizofrenia e outros transtornos psicóticos. Atendimento presencial na Clínica Ragazzo em Limeira ou por teleconsulta.
Dr. Leandro Paulino da Costa é psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular e faz parte do corpo clínico do Hospital israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina. Dr. Leandro possui conhecimento e experiência no tratamento da esquizofrenia e outros transtornos mentais.
Dr. Leandro Paulino da Costa é médico psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular em Limeira, oferecendo consultas presenciais e consultas on-line atendendo pacientes em todo Brasil e exterior. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina.