O Transtorno obsessivo compulsivo ou TOC é um quadro que confunde tanto médicos especialistas de outras áreas quanto pacientes. Todos conhecemos alguém que tem mania de limpeza, que é perfeccionista ou que checa várias vezes se trancou mesmo a porta ao sair de casa. O que muitos não sabem é que a maioria dessas pessoas não tem TOC e algumas vezes os portadores dessas doenças podem passar despercebidos ou, por conta do estigma do quadro, podem não chegar a procurar ajuda profissional para enfrentar o problema. A idéia deste texto é auxiliar as pessoas a identificarem os sintomas e saberem quando devem buscar ajuda de um psiquiatra, que é o médico especialista que cuida desta doença. O TOC é uma condição altamente imcapacitante, mas que tem tratamento e tem cura.
Como o próprio nome já diz, é condição si ne qua non para que seja feito esse diagnóstico que o paciente tenha tanto sintomas obsessivos quanto compulsivos. Em geral, o quadro se desenvolve a partir de pensamentos obsessivos que desencadeiam comportamentos compulsivos e que, por sua vez, têm o papel de aliviar esses pensamentos. Caso a pessoa não consiga realizar os seus comportamerntos ou rituais, surgem sintomas intensos de ansiedade e, para evitar esses sintomas, os rituais passam a ser a atividade prioritária da vida daquela pessoa e, por isso, existe um grande prejuízo por conta do tempo e da energia gasta com os rituais. Quanto maior é a dedicação da pessoa aos rituais, mais graves são os sintomas do TOC.
Para ficar mais fácil, vamos pegar um exemplo: um paciente passa a ter um pensamento obsessivo de que algo de ruim está para acontecer com a sua mãe. Este é um pensamento intrusivo, que vêm à cabeça contra sua vontade. Para aliviar este pensamento, ele desenvolve o ritual de falar em voz alta “sai pra lá” três vezes toda vez que o pensamento vier à sua cabeça. Porém este paciente é um gerente de uma empresa e passa a não conseguir participar mais de reuniões, pois o pensamento se torna tão constante que ele precisa falar “sai pra lá” uma vez a cada 30 segundos. Veja que o paciente desenvolveu um comportamento compulsivo (ou uma mania) para aliviar um pensamento obsessivo.
Outro exemplo: um paciente que desenvolveu um delírio de contaminação, com uma preocupação extrema em relação a vírus, bactérias e outras sujeiras. Por isso, fica cerca de 10 horas por dia lavando todos os itens da cozinha, memso os que não foram utilizados, para garantir que não morrerá de uma infecção. Por isso, não consegue mais trabalhar pois perde o horário de entrada arrumando a cozinha. Além disso, passa a proibir os familiares de entrarem na cozinha para não sujá-la, o que obriga a todos a pedirem comida por aplicativo e comerem na sala. Novamente temos um exemplo de pensamento obsessivo (delírio de contaminação) ocasionando um comportamento compulsivo (limpeza) com grande prejuízo funcional (não consegue trabalhar e atrapalha a dinâmica de toda a família que não pode usar a cozinha).
É importante notar que os pensamentos e os comportamentos não necessariamente precisam fazer sentido, mas precisam estar presentes para que configue o diagnóstico. É importante também que seja configurado um prejuízo, seja ele funcional, emocional ou social.
A partir do que foi explicado acima, entendemos que existem infinitos tipos de TOC, pois o pensamento obsessivo e o comportamento compulsivo podem ser muito variados. Porém existem alguns que são mais comuns e que vemos mais no dia a dia. Dentre alguns, podemos citar:
Assim como a maioria das doenças psiquiátricas, o TOC tem origem multifatorial, ou seja, é causado por uma soma de fatores genéticos e ambientais. Sabemos que pais com TOC ou que são acumuladores têm maior chance de gerar descendentes com TOC. Além disso, criações muito rígidas podem também precipitar quadros desse tipo, mas nehuma dessas características é responsável unicamente pela doença.
A cura do TOC é possível em grande parte dos pacientes
Essa doença exige um acompanhamento multidisciplinar que incluir tratamento farmacológico conduzido por um psiquiatra (medicamento), terapia (essencialmente terapia cognitivo comportamental) e psicoeducação familiar (para evitar a chamada “acomodação familiar”, que é a adaptação da família com intuito de evitar conflitos com o portador do TOC e que acaba por permitir a perpetuação dos rituais).
Caso você tenha de identificado com os sinais e sintomas do TOC, agende uma consulta com Dr Leandro, que é psiquiatra especialista e pode te ajudar a recuperar sua qualidade de vida. Atendimento presencial na Clínica Ragazzo em Limeira ou por teleconsulta.
Dr. Leandro Paulino da Costa é psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular e faz parte do corpo clínico do Hospital israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina. Dr. Leandro possui conhecimento e experiência no tratamento do transtorno obsessivo compulsivo e outros transtornos mentais.
Dr. Leandro Paulino da Costa é médico psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular em Limeira, oferecendo consultas presenciais e consultas on-line atendendo pacientes em todo Brasil e exterior. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina.