Ter uma vida sexual saudável é peça chave para a felicidade de um indivíduo. No entanto, iniciar e manter relações sexuais podem ser eventos um tanto estressantes, especialmente quando existe um pano de fundo de ansiedade, insegurança, preocupações ou expectativas muito altas. No caso do homem, existe ainda uma pressão por performance sexual por parte de amigos e da sociedade, o que pode dificultar ainda mais o ato em si. Neste texto, focaremos na ejaculação precoce, que é o transtorno sexual mais comum e que acontece em todas as idades. Falaremos sobre características do quadro, seus principais sintomas e as modalidades terapêuticas. Esta é uma doença que deve ser acompanhada por um psiquiatra, que é o médico especialista em tratar ejaculação precoce.
Estima-se que em torno de 20 a 30% dos homens entre 18 e 70 anos tenha alguma queixa de ejaculação prematura ou precoce ao longo da vida. O quadro costuma estar presente logo nas primeiras experiências sexuais e tende a perdurar por toda a vida caso não seja feito um tratamento. É comum que o homem adquira melhor controle ejaculatório ao longo da vida, embora haja piora do quadro em 20% das vezes. Existem quadros que se iniciam em idades mais avançadas e podem estar associadas a outras questões cliínicas, tais como prostatite e hipotireoidismo
O principal critério diagnóstico é quando a ejaculação em menos de 1 minuto após a penetração vaginal, na maioria das relações sexuais por pelo menos 6 meses. No entanto, considera-se esse critério desatualizado, pois o diagnóstico também se aplica a outras formas de atividade sexual que não a penetração vaginal. Por isso, durante a entrevista psiquiátrica, serão levados em conta outros aspectos, tais como a sensação de perda de controle (incapacidade de retardar a ejaculação) e o sofrimento causado ao indivíduo e/ou ao casal.
É frequente que esses acontecimentos possam causar prejuízo ao desenvolvimento do indivíduo, gerando insegurança e comportamentos de esquiva. Pode haver também um quadro de ansiedade ou depressão sobreposto, pois é raro haver uma disfunção sexual sem que haja outros comemorativos.
Além da ejaculação precoce, pode haver outras disfunções ejaculatórias, tais como a anejaculação ou ejaculação retrógrada (apesar de atingir o orgasmo, o sêmen não é expelido pela uretra). Nesse caso, é importante procurar um urologista, pois a principal causa de anejaculação ou ejaculação retrógrada é o aumento da próstata.
Sim, existe cura para a ejaculação precoce. Porém, muitas vezes o controle do quadro se dará por meio de tratamento contínuo.
A primeira linha de tratamento é o uso des inibidores seletivos de recaptura de serotonina, popularmente conhecidos como “antidepressivos modernos”. Como segunda linha, temos os tricíclicos, que são os antidepressivos clássicos. Isso se dá, pois, alguns antidepressivos provocam retardo ejaculatório.
Como terceira linha temos o tramadol que também tem ação de inibição de recaptura de serotonina e noradrenalina, porém com uma amplitude de feito menor
Existe também o tratamento com anestésicos tópicos, mas com efeito um pouco mais limitado
Em todos os casos, recomenda-se a realização de terapia com tratamento adjuvante. As evidências cientificas indicam melhores resultados no tratamento quando é feita farmacoterapia associada a psicoterapia
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Dr. Leandro Paulino da Costa é psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular e faz parte do corpo clínico do Hospital israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina. Dr. Leandro possui conhecimento e experiência no tratamento da ejaculação precoce e outros transtornos mentais.
Dr. Leandro Paulino da Costa é médico psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular em Limeira, oferecendo consultas presenciais e consultas on-line atendendo pacientes em todo Brasil e exterior. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina.