O transtorno afetivo bipolar está dentro do capítulo das doenças do humor. É caracterizado por fases de polarização de humor (depressão ou euforia) alternadas com períodos de humor normal. O tratamento para transtorno bipolar é contínuo pois não há cura para esta doença. Ele deve ser feito por médico especialista, pois um tratamento inadequado pode gerar grandes prejuízos para o paciente
É muito comum ouvir no dia a dia alguém falar que “fulano é bipolar” e descrever uma pessoa que muda de opinião ou de humor muito repentinamente. Porém, o transtorno psiquiátrico da bipolaridade difere e muito do jargão popular. O paciente bipolar é aquele que alterna o estado depressivo ou maníaco e hipomaníaco com períodos de eutimia (humor normal), sendo que as fases de polarização de humor podem duração de alguns dias ou semanas. Em alguns casos, as fases, sobretudo as depressivas, podem durar anos.
Quando o paciente está na fase depressiva, o quadro é muito parecido com aquele apresentado por pacientes com depressão: humor entristecido, perda de interesse em atividades, alteração de sono e apetite, apatia, anergia, sentimento de culpa, alteração de memória e concentração, entre outros.
Quando o paciente estána fase de mania, é notável o humor eufórico, associado a uma fala acelerada e com pressão de discurso (é difícil interromper a fala da pessoa), conteúdo de grandeza na fala e no pensamento, menor necessidade de sono (paciente dorme poucas horas e se sente disposto no dia seguinte). É comum paciente tem atitudes inconsequentes, tais como dirigir de maneira perigosa, realizar compras de maneira compulsiva a ponto de se endividar, promiscuidade (por conta de aumento de libido). Nesses quadros pode haver inclusive delírios de grandeza, fazendo que o paciente acredite ser um ser superior ou uma divindade co superpoderes. Basta o paciente apresentar 1 episódio de mania na vida para ser diagnosticado como portador de transtorno bipolar tipo 1.
Existe ainda a fase de hipomania, que apresenta sintomas eufóricos mais brandos. Em algumas situações essas fases de hipomania podem passar despercebidas e somente uma avaliação psiquiátrica minusciona é capaz de detectar uma fase dessas. Quando o paciente apresenta pelo menos 1 fase de hipomania, dizemos que ele éportador de Transtorno bipolar tipo 2.
Apesar de ser a fase de mania ou hipomania que caracteriza o paciente bipolar, é importante lembrar que as fases de depressão são mais longas e comuns ao longo da vida. Estima-se que o bipolar fica mais de 80% do tempo deprimisdo. Por isso, esses quadros frequentemente são tratados como depressões comuns ou depressões recorrentes, e muitos acabam não melhorando.
Esta é uma doença com forte herança hereditária. Ter familiares com esse diagnóstico aumenta a chance de desenvolver essa doença.
Outra característica dessa doença é o surgimento mais tardio: enquando as depressões unipolares costumam se manifestar no final da adolescência, as manifestações bipolares temdem a se iniciar a partir dos 20 anos.
Uma outra característica que vem sendo bastante estudada é a associação de quados de depressão pós-natal com bipolaridade.
Embora os dados apresentadoa acima sugiram um maior risco dessa doença, é importante lembrar que trata-se de um quadro multifatorial e cada caso deve ser avaliado individualmente para que seja feito um diagnóstico preciso.
O tratamento é baseado em estabilizadores de humor. São medicações que evitam a polarização depressiva e maníaca. Dependendo do quadro, é necessário associar antipsicoticos e sedativos, principalmente nas fases de mania.
O tratamento de um paciente bipolar com antidepressivo é um risco, pois pode induzir a chamada “virada maníaca” que é a migração abrupta de um polo de humor para o outro, o que pode trazer graves consequências ao paciente
É importante salientar que os pacientes frequentemente ficam com a crítica prejudicada, ou seja, não percebem ou não entendem a gravidade do quadro e a necessidade do tratamento. Por isso é importante o auxilio da família no manejo das medicações e, em alguns casos, é necessária a internação hospitalar para garantir a aderência.
Caso você tenha se identificado com o que foi descrito neste tópico ou conheça alguém assim, agende uma consulta com Dr Leandro, que é psiquiatra da USP e tem experiência em tratamento de transtorno bipolar. Atendimento presencial na Clínica Ragazzo em Limeira ou por teleconsulta.
Dr. Leandro Paulino da Costa é psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular e faz parte do corpo clínico do Hospital israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina. Dr. Leandro possui conhecimento e experiência no tratamento do transtorno afetivo bipolar e outros transtornos mentais, incluindo casos graves e de difícil controle.
Dr. Leandro Paulino da Costa é médico psiquiatra formado pela USP. Atua em seu consultório particular em Limeira, oferecendo consultas presenciais e consultas on-line atendendo pacientes em todo Brasil e exterior. Faz parte do corpo clínico do Hospital Israelita Albert Einstein e do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP em São Paulo – SP, que são hospitais de excelência e são referência na América Latina.